Essa frase me veio à mente enquanto assistia à matéria sobre a briga judicial entre os sobrinhos-netos da Tarsila do Amaral. Um conflito que pode se arrastar por décadas. E a ironia? Daqui a 20 anos, as obras da Tarsila vão cair em domínio público. O processo pode durar tanto que, quando chegar a uma conclusão, estarão brigando pelo quê?
O que essa situação nos ensina? Que o tempo é valioso, e os conflitos não precisam ser resolvidos a passos lentos como no Judiciário. Nesse sentido, a mediação surge como uma alternativa muito mais ágil e eficaz.
A mediação oferece às partes a chance de dialogar e construir um acordo que atenda às suas necessidades reais, sem a longa espera de um processo judicial. Em vez de anos de desgaste emocional e financeiro, por que não resolver o problema agora, com uma solução que beneficie a todos?
No caso da Tarsila, se os herdeiros optassem pela mediação, poderiam encontrar uma solução rápida, preservando o legado da artista e evitando que uma briga familiar manche o patrimônio cultural que ela deixou. A mediação não só resolve o conflito de forma mais ágil, mas também promove o diálogo e o entendimento — algo essencial em disputas familiares.
Se você quiser entender melhor como a mediação pode contribuir nas resoluções de conflitos, aqui vão 2 exemplos de situações que a Nós Mediamos preparou exclusivamente para este blog.
Exemplo 1: Disputa entre herdeiros por imóvel familiar
Três irmãos herdam um imóvel dos pais falecidos. Um deseja vender o imóvel para dividir o valor em dinheiro, enquanto outro quer mantê-lo como parte da memória da família. O terceiro irmão mora no imóvel e não tem condições de comprar a parte dos outros dois. O conflito se arrasta por meses, com tensão excessiva
Na mediação, eles têm a chance de expor suas preocupações e necessidades. Com a ajuda do mediador, chega a um acordo: o irmão que mora no imóvel continuará vivendo nele, pagando um aluguel aos outros dois, até conseguir financiamento para comprar a parte dos irmãos. A venda do imóvel, que era motivo de angústia, pode ser postergada sem causar prejuízo financeiro a demais, e as relações familiares são preservadas
Exemplo 2: Conflito por direitos autorais em sociedade
Dois sócios realizaram uma marca de roupas juntos, mas, após uma briga, decidiram seguir caminhos separados. A marca, no entanto, continua sendo uma fonte de renda, e ambos reivindicam os direitos sobre o nome e as criações. O conflito ameaça se transformar em um longo processo judicial, com custos altos e desgastes emocionais.
Na mediação, cada sócio expõe seus interesses. Um deseja continuar usando a marca original, enquanto o outro quer iniciar uma nova linha de roupas com um nome diferente, mas sem perder seus direitos sobre as criações passadas. O mediador, de forma imparcial, facilita o diálogo, permitindo que ambos expressem suas preocupações e proponham soluções.
Ao longo das sessões de mediação, os sócios identificaram o que realmente importa para cada um: o primeiro sócio deseja preservar a identidade da marca construída, enquanto o segundo quer a liberdade para explorar novos designs e ideias sem perder o crédito pelo trabalho.
A mediação os ajuda a pensar em alternativas criativas. No final, chega a um acordo: um dos sócios obterá os direitos sobre o nome da marca e continuará a operar com ela, enquanto o outro poderá usar os designs já criados em seus novos projetos, desde que sejam comercializados sob um novo nome. Dessa forma, o trabalho anterior não é desvalorizado, e ambos podem seguir seus projetos de maneira independente
Com isso, evitam a longa espera e o desgaste de um processo judicial, preservando as criações e os relacionamentos profissionais. A mediação trouxe uma solução prática, eficiente e que atendeu aos interesses de ambos, sem comprometer o futuro de suas novas empreitadas.
Plante tâmaras, mas lembre-se: com a mediação, você pode colher seus frutos muito mais cedo!
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